Melasma: o que é e como tratar

O Melasma é um problema muito frequente. Acomete ambos os sexos, mas é mais comum entre as mulheres. Trata-se de uma desordem da pigmentação, ou seja, surgem manchas mais escuras na pele por depósito de melanina. Isso gera um incômodo muito grande em alguns pacientes, principalmente no verão, quando problema se agrava.

A principal região de ocorrência do Melasma é a face, nas maçãs do rosto, testa, nariz e buço. Mas também pode afetar regiões extra-faciais como braços, pescoço e colo.

Causas do Melasma

A doença é determinada geneticamente, ou seja, é uma característica da própria pessoa. Porém, o problema se agrava com a presença de alguns fatores, como:

• Radiação ultravioleta
• Alterações hormonais
• Gravidez
• Uso de anticoncepcional oral

Melasma na gravidez

É muito comum o aparecimento de Melasma em gestantes. Devido às alterações hormonais do período, há um estímulo das células produtoras de melanina a aumentarem o pigmento em certas regiões. É por essas oscilações dos hormônios femininos que levam as gestantes a enfrentam escurecimento de outras partes do corpo também.

Famosas, como Ivete Sangalo, admitiram passar por esse problema. A cantora compartilhou em suas redes sociais, durante a gestação de suas filhas gêmeas, que tinha desenvolvido Melasma.

O Melasma é uma condição crônica, não tem cura e, como já mencionado, costuma piorar nos meses do verão, mas há diversas formas de estabilizar e amenizar essa condição.

Prevenção do Melasma

O Melasma tem como um dos seus principais gatilhos a exposição à luz ultravioleta. Por isso, é fundamental o uso de filtro solar com pigmento e amplo espectro de proteção (FPS pelo menos 50). A Sociedade Brasileira de Dermatologia indica o uso de filtros que tenham proteções contra os raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). Outras medidas complementares são os fotoprotetores orais e chapéus com proteção UV.

Os famosos fotoprotetores orais são, na realidade, agentes antioxidantes e antiinflamatórios. Eles agem modificando o dano causado pela radiação ultravioleta na nossa pele. Diversos estudos sugerem que eles sejam bons aliados na prevenção do fotoenvelhecimento e de doenças relacionadas à exposição solar, como Melasma e Câncer de pele. Eles não substituem o uso do filtro solar, mas auxiliam na reparação do dano que o sol causa na pele.

Tratamento para Melasma

Os tratamentos variam de acordo com as características do paciente e com a intensidade do problema. Porém, o método que mais gosto são os que envolvem os despigmentantes. Indico produtos mais suaves no verão e mais potentes no inverno. Os cremes para Melasma têm resultado relativamente rápido, levando cerca de dois meses, em média, para apresentarem melhora no paciente.

Com relação aos procedimentos, meus favoritos no consultório são peeling químico e microagulhamento. Os peelings apresentam resultados ainda mais rápidos que os cremes, e possuem intensidades diferentes, de acordo com as características do paciente. Tenho alguns protocolos de tratamento com melhora importante, que impactaram muito na autoestima dos pacientes.

É extremamente importante procurar orientação de um dermatologista para o tratamento. Atualmente, com a internet, temos acesso a muitas informações e há diversos blogs que passam indicação de produtos que deveriam ser prescritos por profissionais. Não banalize seu problema: busque auxílio e siga o tratamento até o fim.

Os resultados do tratamento para o Melasma podem demorar para aparecer. Enquanto as manchas não dão trégua, existem formas de camuflá-las com a utilização de maquiagens, que formam uma barreira protetora e também apresentam algum benefício adicional ao tratamento.

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